A Polícia Civil do Pará apresentou, nesta quinta-feira, 15, na sede da Delegacia-Geral, em Belém, quatro presos apontados como líderes da organização criminosa desmantelada na capital de São Paulo, no início da semana, durante a operação denominada “Leviatã”, coordenada pela Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT). Os presos são Ducilene Alves da Silva, conhecida como Duci, Flor ou Miojo; Clenivaldo Dantas de Oliveira, conhecido como Leone, Léo ou Cantor; Antônio Jair Amaro da Silva, de apelido Jota, e Francisca Silva de Araújo, conhecida como Chica. A apresentação foi presidida pelo delegado-geral, Rilmar Firmino; pela delegada-geral adjunta, Christiane Ferreira; pela diretora de Polícia Especializada, delegada Ione Coelho; e pelos delegados da DPRCT, Beatriz Siliveira e Samuelson Igaki.
Estiveram ainda presentes policiais civis da DPRCT e do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), sob comando do investigador Eric Cavalcante, que também participaram da operação policial, para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, na capital paulista.
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OS PRESOS: CLENIVALDO, JAIR, FRANCISCA E DUCILENE |
Além dos presos, foram apresentados objetos apreendidos com a organização criminosa, como travadores de cartões magnéticos; diversos cartões bancários; máquinas de acesso ao sistema POS usadas para leitura de cartões de crédito e de débito bancário; unidade de central telefônica do tipo 0800; fones de ouvido; cheques pré-datados, anotações de valores arrecadados no esquema, entre outros objetos usados no crime.
Conforme o delegado Samuelson Igaki, a Polícia Civil apurou que os golpistas chegavam a aferir R$ 70 mil por dia. A organização atuava em todos os Estados da federação. As investigações mostraram que a organização criminosa atuava com o uso do equipamento eletrônico “ATM Card Skimming”, conhecido popularmente como “chupa-cabras”, usado para copiar os dados de cartões magnéticos de clientes de bancos.
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COLETIVA DE IMPRENSA |
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DELEGADO SAMUELSON IGAKI EXPLICA GOLPE |
Só em Belém, pelo menos, nove vítimas denunciaram a ação dos bandidos, conforme detalha a delegada Beatriz Silveira.
Dos dez presos em São Paulo e Minas Gerais, quatro deles tiveram autorização para serem transferidos a Belém. Eles são apontados como os líderes do grupo. Clenivaldo, de 37 anos, é cantor de uma banda de forró de São Paulo. Ele é apontado como a pessoa que “lavava” o dinheiro do golpe na banda, em uma casa de shows e no salão de beleza de sua propriedade. As duas mulheres presas eram responsáveis em comandar a falsa central telefônica, em um condomínio de luxo, na zona norte de São Paulo. Já Antônio Jair era quem arregimentava pessoas, chamadas de soldados, para irem a outros Estados e ainda conseguia contas bancárias para receber as transferências e depósitos dos valores desviados das contas das vítimas. Ele foi preso em Minas Gerais.
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