POLÍCIA CIVIL IDENTIFICA VÍTIMAS DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA EM SEIS ESTADOS BRASILEIROS

A delegada Beatriz Silveira, titular da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos, da Polícia Civil, detalha que a organização criminosa presa em São Paulo, na terça-feira passada, atuava há cerca de sete anos no crime e que a Polícia Civil do Pará já a investigava há dois anos, porém o trabalho investigativo foi intensificado nos últimos sete meses. As investigações já identificaram vítimas do golpe nos Estados do Pará, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Piauí e no interior de São Paulo. A Operação Leviatã investigou esquema de subtração de valores desviados de contas bancárias de clientes. As vítimas, ao usarem um caixa de auto atendimento bancário tinham o cartão retido por um dispositivo instalado por integrantes da organização, conhecido por “boquinha”, uma espécie de trava.

PRESOS E APREENSÕES
Uma pessoa, geralmente, uma mulher bem vestida se aproximava da vítima e oferecia ajuda. Usando um telefone celular, a golpista telefonava para um falso número de serviço de atendimento ao cliente, do tipo “0800” ou “4004”. Para dar veracidade, um adesivo com um falso telefone da central era colado sobre um folder (informativo) do banco e repassado ao cliente. Ao ligarem para a falsa central, as vítimas ouviam a mesma música de fundo do serviço telefônico do banco, usada na espera da chamada telefônica. No golpe, uma pessoa que se identificava como Fernanda se passava como funcionária do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) do banco. 

INFORMATIVO COM NÚMERO FALSO DE CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE
Durante o contato telefônico, a golpista convencia as vítimas a informar os dados pessoais, como nome, CPF, agência, conta-corrente e as senhas numéricas e alfabéticas que eram usadas em saques, transferências e empréstimos. “Constatamos que a Central da fraude estava localizada na capital do Estado de São Paulo", detalha a delegada. Segundo ela, as investigações já constataram que os suspeitos estiveram em Belém, em 2013, onde praticaram diversos golpes. “Eles já passaram por auto de reconhecimento, por fotografia, no momento em que realizavam os saques nos terminais de autoatendimento”, salienta. 

Ubiratan e Débora (alto); Joaquim, Márcia e Rosemeire (abaixo)
PRESOS: UBIRATAN ARAÚJO E DÉBORA CRUZ (ALTO); JOAQUIM SILVA, MÁRCIA OLIVEIRA E ROSEMEIRE COSTA (BAIXO)
PRESOS Foram transferidos para Belém, quatro integrantes da organização criminosa: Ducilene Alves da Silva, conhecida como Duci, Flor ou Miojo; Clenivaldo Dantas de Oliveira, conhecido como Leone, Léo ou Cantor; Antônio Jair Amaro da Silva, de apelido Jota, e Francisca Silva de Araújo, conhecida como Chica. Os outros presos, que ficaram na capital paulista, são Joaquim Esmeraldo da Silva, de apelidos “Ceará” ou “Cabeção”; Débora Rodrigues Cruz; Ubiratan Pereira de Araújo, de apelido “Barba”; Márcia Oliveira das Graças e Rosemeire de Jesus Pires Costa.

A presa Débora foi reconhecida por vítimas em Belém. As investigações mostraram que os valores obtidos chegaram a ser gastos, em um só dia, com joias em uma joalheria, sediada em um shopping center de São Paulo. Na capital paulista, a operação policial contou com apoio de policiais civis do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubo e Assalto), sob coordenação do delegado Artur Gian. Ao todo, oito policiais civis do Pará atuaram na operação. As investigações sobre a organização criminosa irão prosseguir.

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