POLÍCIA CIVIL IDENTIFICA VÍTIMAS DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA EM SEIS ESTADOS BRASILEIROS
A delegada Beatriz Silveira, titular da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos, da Polícia Civil, detalha que a organização criminosa presa em São Paulo, na terça-feira passada, atuava há cerca de sete anos no crime e que a Polícia Civil do Pará já a investigava há dois anos, porém o trabalho investigativo foi intensificado nos últimos sete meses. As investigações já identificaram vítimas do golpe nos Estados do Pará, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Piauí e no interior de São Paulo. A Operação Leviatã investigou esquema de subtração de valores desviados de contas bancárias de clientes. As vítimas, ao usarem um caixa de auto atendimento bancário tinham o cartão retido por um dispositivo instalado por integrantes da organização, conhecido por “boquinha”, uma espécie de trava.
Uma pessoa, geralmente, uma mulher bem vestida se aproximava da vítima e oferecia ajuda. Usando um telefone celular, a golpista telefonava para um falso número de serviço de atendimento ao cliente, do tipo “0800” ou “4004”. Para dar veracidade, um adesivo com um falso telefone da central era colado sobre um folder (informativo) do banco e repassado ao cliente. Ao ligarem para a falsa central, as vítimas ouviam a mesma música de fundo do serviço telefônico do banco, usada na espera da chamada telefônica. No golpe, uma pessoa que se identificava como Fernanda se passava como funcionária do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) do banco.
PRESOS E APREENSÕES |
INFORMATIVO COM NÚMERO FALSO DE CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE |
PRESOS: UBIRATAN ARAÚJO E DÉBORA CRUZ (ALTO); JOAQUIM SILVA, MÁRCIA OLIVEIRA E ROSEMEIRE COSTA (BAIXO) |
A presa Débora foi reconhecida por vítimas em Belém. As investigações mostraram que os valores obtidos chegaram a ser gastos, em um só dia, com joias em uma joalheria, sediada em um shopping center de São Paulo. Na capital paulista, a operação policial contou com apoio de policiais civis do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubo e Assalto), sob coordenação do delegado Artur Gian. Ao todo, oito policiais civis do Pará atuaram na operação. As investigações sobre a organização criminosa irão prosseguir.
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