PRESO MAIS UM ACUSADO DE ENVOLVIMENTO EM ESQUEMA DE FRAUDE PARA EMISSÃO DE CARTEIRAS DE HABILITAÇÃO
A Polícia Civil prendeu, na noite de ontem, 20, mais uma pessoa acusada de envolvimento no esquema fraudulento de venda de carteiras de habilitação desarticulado pela operação "Galezia". Cleriston Araújo Novaes é despachante e foi preso em Santana do Araguaia, sudeste paraense. Com a prisão dele, a operação já conta com 11 pessoas presas, entre servidores públicos, despachantes, donos de autoescolas e uma psicóloga. Os presos estão recolhidos na cidade de Redenção, no Pará. Realizada em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Ministério Público do Estado, a operação resultou de mais de oito meses de investigação.
O trabalho investigativo identificou um esquema criminoso em que processos de mudanças de endereços eram forjados para expedir carteiras de habilitação para dirigir a pessoas que sequer vieram ao Estado do Pará. Pelo esquemas, as pessoas solicitavam a mudança de domicílio às Ciretrans (Circunscrições Regionais de Trânsito) para expedição do documento no Pará. Os documentos enviados, que comprovariam os supostos domicílios eram forjados. Para tanto, as pessoas que seriam beneficiadas no esquema apresentavam documentos de comprovação de exames médicos e psicológicos supostamente feitos em outros Estados da federação e os enviavam os prontuários dos exames aos Ciretrans do Pará para obter a carteira de habilitação.
No Pará, os Centros de Formação de Condutores (autoescolas) expediam de forma fraudulenta os certificados de conclusão do curso de formação de condutores. Nos Ciretrans, servidores participantes do esquema expediam os certificados que comprovavam que as pessoas haviam feito as provas teóricas e práticas de direção veicular sem a presença dos candidatos. A operação foi realizada em oito municípios do Pará (Redenção, Xinguara, Santana do Araguaia, Conceição do Araguaia, Tucumá, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu e Paragominas) e em Pedro Afonso, no Tocantins, onde foi presa uma psicóloga em uma clínica médica. Os presos irão responder pelos crimes de corrupção, estelionato e associação criminosa.
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