POLÍCIA CIVIL DESARTICULA CLÍNICA CLANDESTINA DE DEPENDENTES QUÍMICOS EM BENEVIDES
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VÍTIMA MOSTRA LESÕES PELO CORPO |

Do local, foram resgatadas seis pessoas que estavam vivendo em condições degradantes no local.
Uma máquina de choque e correntes usadas para torturar os dependentes químicos foram apreendidas no local pela equipe de policiais civis comandada pela delegada Claudilene Maia.
O local foi descoberto durante a manhã, enquanto a equipe policial participava uma operação no trânsito em Benevides.
A delegada explica que, durante a ação policial, a equipe da Delegacia passou em frente à casa e uma das vítimas mandou entregar aos policiais um bilhete com pedido de socorro. Segundo a vítima, explica a delegada, havia no local um grupo de pessoas em situação de cárcere privado e de tortura.
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LESÕES NO PÉ |
Os policiais civis entraram na residência e constatou que era um centro de recuperação clandestino de pessoas viciadas em drogas e em álcool. "Observamos grave violação dos direitos humanos. No ato, fizemos a apreensão da máquina de choque e das correntes", explica a delegada.
As condições de habitação no local eram deploráveis com instalações precárias e banheiros imundos. Quatro pessoas acusadas dos crimes foram detidas e encaminhadas para a Delegacia de Benevides.
Uma das vítimas (que terá o nome preservado) contou aos policiais civis que os dependentes químicos foram sequestrados das ruas por um grupo de em torno de quatro pessoas que os abordaram à força e os colocaram em um carro, onde usaram fitas para prender os braços dos viciados.
No caminho, eles já aplicaram uma dose medicamentosa.
Um das vítimas comentou que, após entrarem na suposta clínica de reabilitação, familiares eram procurados e orientados a pagar valores de R$ 1 mil para retirar seu familiar do local e mais R$ 1 mil para manter o viciado no local.
Uma das vítimas relatou que a família chegou a pagar à falsa clínica R$ 5 mil para manter o drogado em "tratamento" no local. Havia no local um rapaz, segundo uma das vítimas, que já estava acorrentado havia sete meses. Os suspeitos e as vítimas foram levados para a Delegacia de Benevides, onde a delegada Claudilene Maia autuou os acusados pelos crimes de associação criminosa, tortura, sequestro e cárcere privado.
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