POLÍCIA CIVIL SEGUE INVESTIGAÇÕES DE ASSASSINATOS EM NOVA IPIXUNA

As equipes das Polícias Militar e Civil e Centro de Perícias Científicas fizeram uma varredura nesta quarta-feira, 25, na área do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta-Piranheira, na comunidade de Maçaranduba 2, a 45 quilômetros da sede do município de Nova Ipixuna, onde foram assassinados, na tarde de terça-feira, os extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva. São quase 50 policiais no local do crime, fazendo buscas e procurando todos os indícios necessários para ajudar a elucidar o duplo homicídio.

Já existem várias linhas de apuração e começaram a ser tomados os primeiros depoimentos, mas a cúpula da Segurança Pública prefere não revelar detalhes para não interferir na investigação. “Vamos descobrir culpados e responsabilizá-los pelos crimes que cometeram”, reafirmou o secretário de Segurança Pública Luiz Fernandes Rocha, em coletiva à imprensa, na Superintendência Regional da Polícia Civil, em Marabá. Ele destacou que todo o trabalho é feito de forma integrada pela Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica. A Polícia Federal também vai ajudar nas investigações.

Luiz Fernandes conversou hoje com Robert Nunes Teixeira, delegado da Polícia Federal em Marabá. Ainda não está decidido se a PF fará uma apuração própria, a pedido do Ministério da Justiça. Mas, segundo o secretário de Segurança, isso não impede a cooperação. “O trabalho integrado agiliza o processo investigatório”, ressalta Luiz Fernandes. “Os crimes de homicídio requerem uma investigação minuciosa, detalhada”, completa. O delegado José Humberto de Melo Junior, titular da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá, preside o inquérito e é a fonte oficial de informações sobre as investigações dos crimes, classificados pelo governador Simão Jatene, em nota oficial distribuída ontem, como ”hediondos”. O delegado geral-adjunto Rilmar Firmino permanecerá em Marabá para acompanhar passo a passo as investigações até que todas as etapas tenham sido vencidas e os suspeitos indiciados.

O empenho do Sistema de Segurança Pública do Estado na elucidação dos assassinatos dos extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, no município de Nova Ipixuna - crime definido pelo governador Simão Jatene como uma “barbaridade” – evidencia uma característica própria da atual gestão. O governo investe, como nunca antes, em um tripé de soluções estratégicas para enfrentar a violência: integração, tecnologia e inteligência. A apuração da morte dos sindicalistas é também baseada nesses eixos, assegura o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha, ao citar resultados já alcançados em pouco tempo de governo. “Em apenas quatro meses já efetuamos 1.300 prisões de traficantes e reduzimos o número de homicídios em cerca de 15%”, exemplifica. Ele ressalta que esse avanço será ampliado. “Ainda há muito o que fazer. Tanto é que o governador, na Agenda Mínima, estabelece uma série de ações e investimentos em segurança pública”, reitera. Alguns desses investimentos serão aplicados justamente nas regiões sul e sudeste do Estado, para onde se transferiu desde terça-feira (24) a cúpula de Segurança Pública, com o objetivo de dar celeridade às investigações sobre o duplo homicídio.

REFORÇO Parte do efetivo de 1.060 homens da PM e cerca de 500 da Polícia Civil que ingressará no serviço público estadual por meio de concurso público, a ser lançado este ano, atuará em Marabá e demais municípios da região. A região também receberá veículos com equipamentos de rastreamento de última geração, GPS e computadores de bordo. O governo reforçará ainda a área de segurança local com um terminal aerofluvial, um helicóptero, novas delegacias (serão nove em todo o Estado) e um centro de recuperação feminino. “Os investimentos do Estado em Segurança e o conceito que está sendo implantado, com tecnologia, integração e inteligência, são um salto de qualidade expressivo para melhorar os resultados nessa área. É por isso que temos a plena certeza de que crimes bárbaros como esses, ocorridos em Nova Ipixuna, não ficarão impunes”, ratificou o secretário Luiz Fernandes.

TEXTO: Lene Alves (SEGUP) e Paulo Silber (SECOM), direto de Marabá

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