CONDENADO PELA JUSTIÇA DE RONDÔNIA É PRESO EM SANTARÉM
Operação coordenada por policiais civis do Núcleo de Apoio à Investigação (N.A.I.) da Região do Baixo e Médio Amazonas e da 16ª Seccional Urbana de Santarém resultou na prisão de Daniel Martins da Silva, 33 anos, de apelido "Polaco", natural de Ji-Paraná, Estado de Rondônia. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Pública da Comarca de Machadinho do Oeste (RO), onde foi condenado a 14 anos de prisão pela prática de crime de homicídio. Daniel foi preso na época em que praticou o crime e, após condenado, fugiu do presídio daquela cidade. Atualmente, ele vivia em Santarém, no Pará, onde utilizava identidades falsas com o nome de Robson de Assis Pereira. Ele vivia há cerca de um ano e meio em união estável com uma advogada nessa cidade do oeste do Pará. Ao ser inquirido pelas equipes policiais, Daniel admitiu seu nome verdadeiro. Ele relatou ter sido preso por três vezes no Estado de Rondônia. A primeira vez foi na cidade de Cacoal, onde responde por roubo. Em outra ocasião, ele foi preso em Costa Marques, também em Rondônia, por tráfico de drogas. A terceira prisão ocorreu na cidade de Machadinho do Oeste por acusação da autoria de homicídio.
"POLACO" |
No primeiro caso, Daniel da Silva foi condenado e já pagou a pena imposta pela Justiça daquele Estado. No sengundo crime, ele foi absolvido. Já no terceiro processo, ele foi pronunciado e submetido ao Tribunal do Juri, onde acabou condenado à pena de 14 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Já recolhido em um presídio, ele conseguiu fugir da casa penal na cidade de Machadinho do Oeste e veio morar em Santarém. Durante a fuga, relata o criminoso, passou pela cidade de Manaus, no Amazonas, onde alega ter comprado por R$ 500 a carteira de identidade falsa, além de um cartão de CPF e um título eleitoral. Todos os documentos estão com o falso de Robson de Assis Pereira. O documento, segundo as investigações, foi montado. A foto de Daniel foi colocada no lugar da foto do verdadeiro Robson de Assis Pereira e, assim, o criminoso passou a usá-la. Ao chegar em Santarém, com os documentos, o condenado abriu conta bancária no Banco do Brasil e passou a usar cartões de crédito e talonário de cheques, passando a ter uma vida normal, sem levantar quaisquer suspeitas de sua vida pregressa no crime.
Com os documentos forjados, Daniel Silva também sindicalizou-se junto ao Sindicato dos Taxistas de Santarém que lhe expediu uma carteira de taxista. O documento foi apreendido em poder do condenado. O documento, conforme os policiais civis do Pará, apresenta falsificações feitas com a conivência da própria direção do Sindicato. Conforme o investigador Marcos Rebouças, do N.A.I. do Oeste do Pará, a data de filiação de Daniel na instituição sindical foi retroagida propositalmente para o dia 11 de abril de 2007, para que ele tivesse direito a crédito junto às instituições bancárias na cidade. Em Santarém, Daniel chegou a ser preso, em uma ocasião, sob suspeita de estupro. Ele chegou a ser indiciado em inquérito policial com o nome de Robson de Assis Pereira e ficou recolhido durante quatro meses no presídio de Santarém. Acerca do crime de estupro, a Justiça o inocentou. Quanto ao crime de homicídio, pelo qual foi preso, o condenado nega a autoria, sob alegação de que foi envolvido inocentemente no caso. Agora, com a prisão, Daniel ficou de ser enviado para o Estado de Rondônia para continuar a cumprir a pena por homicídio.
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