PRESA QUADRILHA ENVOLVIDA EM DUPLO HOMICÍDIO EM PONTA DE PEDRAS
A equipe da Divisão de Homicídios, da Polícia Civil, prendeu, nesta quarta-feira, 21, Maria de Jesus Gouveia, 45 anos, de apelido "Nega"; Renato Pantoja Gemaque, 24; Renan Pantoja Gemaque, 23, o "Coreano"; Jocieric Lima Araújo, 30, o "Eric"; Leonardo Batista Rebelo, 23, o "Léo", e Rubival de Moraes Aires, 38, o "Rubinho", acusados de envolvimento em um duplo homicídio e em uma tentativa de homicídio, no município de Ponta de Pedras, arquipélago do Marajó. Eles tiveram mandados de prisão decretados pela Comarca do município. Os indiciados foram presos, em Belém (2), e em Ponta de Pedras (4). Eles são acusados de integrar dois grupos rivais que atuam no tráfico de drogas, homicídios e roubos em Ponta de Pedras, com ramificações em Belém e Barcarena.
APREENSÕES E PRESOS |
O inquérito foi presidido pelo delegado Vicente Gomes, da DH. Os presos foram levados para a sede da Divisão, onde os delegados Gilvandro Furtado, diretor da DH, e Vicente prestaram mais informações sobre as investigações. Em poder dos presos, um revólver calibre 38 usado nos crimes e celulares foram apreendidos.
Dentre os presos estão os mandantes - "Nega", "Rubinho" e "Coreano" - e os executores das vítimas Breno Ferreira dos Santos e Thally Caire Gomes Teles, de 14 anos, e de tentar matar Benedito Teles dos Santos Junior, no último dia 8, em Ponta de Pedras. Segundo o delegado Vicente, os crimes foram motivados por vingança. Dias antes, segundo as investigações, Breno e Junior teriam invadido a casa de "Nega" e "Rubinho" e aplicado uma surra no casal, chegando a esfaquear Rubival.
Tudo motivado pela disputa pelo tráfico de drogas na cidade. Breno e Junior foram presos depois por roubo e estavam recolhidos na Delegacia de Ponta de Pedras, de onde conseguiram fugir.
Eles se refugiaram em uma casa, no município, para tentar não ser localizados pela Polícia. Conforme Vicente, a ordem para matá-los veio de dentro da cela da Delegacia, onde o preso Renan estava recolhido. Ele teria usado um telefone celular para fazer contato com os comparsas. O casal "Nega" e "Rubinho", também apontados com mandantes, prometeram valores em dinheiro aos executores. "A um deles - Leonardo - temos informações de que Maria iria pagar R$ 100 pelo serviço", disse, ao esclarecer que o serviço seria matar os três - Breno, Junior e a adolescente, namorada de Breno.
DELEGADOS |
Aproveitando o momento em que a garota chegava à casa para deixar um alimento, os executores invadiram a casa e mataram com mais de cinco tiros a Breno. Depois, eles mataram a namorada dele a tiros. Já Junior conseguiu fugir da casa, embrenhando-se no mato e depois saiu em fuga em um barco para pedir socorro. As investigações dispõe de provas, tanto testemunhais quanto periciais, para comprovar o envolvimento do grupo no crime. Um dos presos - Leonardo - confessou envolvimento nos crimes. Os demais negam. Leonardo é investigado, em outro inquérito, acusado da autoria de outro homicídio, desta vez, no bairro da Condor, em Belém, no dia 14 de outubro deste ano. Os presos permanecerão recolhidos à disposição da Justiça.
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