PRESO LÍDER DE ACAMPAMENTO ACUSADO DE HOMICÍDIO EM MARABÁ

Policiais civis da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) deram cumprimento, nesta quinta-feira, 22, em Marabá, sudeste do Pará, ao mandado de prisão preventiva de Ailton dos Santos, líder de um acampamento na cidade de Piçarra. Ele é acusado da autoria de crime de homicídio. A prisão foi cumprida no momento em que o acusado chegava em Marabá vindo do município de Piçarra. Ailton já atuou como líder do de movimentos sociais. Ele permaneceu por dois anos no Acampamento "Alto Bonito", no retiro Baixa da Égua, na fazenda Espírito Santo, pertencente ao Grupo Agropecuário Santa Bárbara, situada em Xinguara, sul do Pará. Atualmente, ele atua como líder do assentamento agrícola "Nova Vida", situado no município de Piçarra, próximo à fazenda Vale das Castanhas. 


Segundo o delegado responsável pela operação policial, Victor Leal, titular da Deca, Ailton é alvo de denúncias da autoria de disparos de arma de fogo e começou a ser investigado a partir dos relatos. Durante as investigações, a equipe da Deca apurou que contra ele havia um mandado de prisão preventiva em função de um homicídio triplamente qualificado. O crime ocorreu no ano de 2004, como resultado de uma discussão por causa de uma cerveja. "Ele acabou por golpear a vítima, Lázaro Aquino de Abreu, com golpes da facão, o que gerão a quase decapitação da vítima", explica o delegado. Após o crime, o acusado fugiu da cidade. 

O mandado de prisão contra Ailton foi expedido pela juíza Nely Alves da Cruz, titular da Comarca de Araguatins, em Tocantins. "Ailton constantemente participava de atos públicos e audiências, com total sentimento de impunidade. Ponto interessante é que ele já tinha sido preso no Estado do Pará, pois no ano de 2010, ele acabou por trocar tiros com policiais civis das Decas, de Marabá e de Redenção, e da equipe da Diretoria de Polícia do Interior", explica. Segundo ele, Ailton será recambeado para Araguatins, onde, segundo denúncia do promotor de Justiça, o acusado irá a Júri Popular. "É importante ressaltar que a grande maioria dos integrantes dos movimentos sociais realmente precisa de terra para sobreviver, porém há infelizmente alguns transgressores que se infiltram nos movimentos sociais, travestidos de clientes da reforma agrária", assevera Leal.

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