CAI QUADRILHA QUE COMETIA ROUBOS E FRAUDES EM REDENÇÃO

Uma quadrilha de criminosos que agia por meio da rede mundial de computadores (Internet) foi desarticulada em decorrência de investigações feitas por policiais civis do município de Redenção, sudeste do Pará, no dia de ontem. Sob coordenação do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), os agentes policiais deflagraram a Operação "Xerife" que resultou nas prisões de cinco homens que atuavam há bastante tempo na cidade e na região sudeste do Estado, onde cometiam diversos crimes que variavam desde o assalto à mão armada até a prática de acesso fraudulento de contas bancárias via internet, furtos mediante fraude e uso de documentos falsos para cometimento de golpes. Foram presos Francisco Cleyton Gonçalves Braz, conhecido por “Cleytinho”; Diego dos Santos Sabino, de apelido “Vencar”; Júlio César Gonçalves Ferreira, de apelido “Cezão”; Diego Santos Dela Costa, conhecido como “Diego Feijão”, e José Cleomar Scalabrin, conhecido como “Zequinha”.

Desarticulado bando responsável por roubos de joias e fraudes em Redenção
BANDO PRESO
As investigações sobre a atuação da quadrilha tiveram início após os registros de várias ocorrências de roubos à mão armada praticados na sede do município de Redenção, cujas vítimas eram principalmente pessoas que portavam joias. Os crimes eram cometidos com uso de arma de fogo. A repetição desse tipo de ocorrência na cidade chamou a atenção da Polícia Civil que passou a aprofundar as investigações visando identificar os autores dos crimes. Após determinação do diretor do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), de Belém, delegado Cláudio Galeno, a equipe de policiais civis do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação), sediada em Redenção, passou a apurar esses roubos. De início, a equipe do NAI conseguiu apurar que os assaltos eram cometidos por membros de uma única quadrilha. Além dos acusados já presos, outras pessoas ainda sob investigação estão envolvidas com o bando.

A quadrilha agia de forma bastante organizada. Cabia a Francisco Cleyton escolher as vítimas na rua, principalmente, pessoas em lanchonetes, bares e restaurantes da cidade, que ostentavam objetos de valor, como joias. A partir da informação, ele acionava os outros integrantes do bando que ficaram responsáveis em realizar o assalto em via pública. Ora os roubos eram cometidos por Diego Sabino ora por “Cezão”. Armados, os bandidos abordavam as vítimas sob grave violência e ameaças para roubar os pertences de valor. Ainda, conforme as investigações, foi descoberto que, além de praticar os roubos, a quadrilha também cometia crimes por meio da internet, mediante o acesso fraudulento de contas bancárias, cometendo o crime de furto mediante fraude.

O delegado Lúcio Flávio Filho, titular do NAI de Redenção e responsável pela operação, explica que os bandidos também usavam documentos falsos para cometer outros tipos de fraudes. “A quadrilha obtinha contas e boletos bancários na cidade de Redenção, prometendo pagá-los com valores menores, geralmente pela metade do preço. Assim, as pessoas viam a tentação de um suposto 'bom negócio' e entregavam o dinheiro à quadrilha. Os criminosos, de posse dos boletos, efetuavam os pagamentos mediante acesso fraudulento de contas bancárias pela internet, dentre outras fraudes, pensando que jamais seriam descobertos”, detalha. Ainda, segundo o delegado, diversas pessoas acabaram vítimas do esquema de fraude, não só na região, como em outros Estados brasileiros. O policial civil ressalta que a quadrilha tinha apoio de comerciantes locais, que utilizavam máquinas de cartão de crédito cadastradas junto a "empresas fantasmas" para desviar o dinheiro da conta corrente das vítimas.

As investigações prosseguem. O delegado solicita a quem souber de mais detalhes sobre outros crimes cometidos pela quadrilha ou mesmo se for vítima de assaltos feitos pelo bando, que comunique imediatamente a Polícia Civil, em Redenção, nos fones (94) 3424-1454, 3424-8686 ou 3424-1796, ou ligar para o serviço Disque-Denúncia, por meio do telefone 181. As investigações duraram cerca de dois meses por envolver vários suspeitos e diversas áreas de atuação do bando. O trabalho contou com o apoio de equipes coordenadas pelo delegado Marcelo Delgado, titular da Delegacia de Conflitos Agrários de Redenção, e delegada Gláucia Cristo e delegado Carlos Eduardo, ambos da Delegacia de Redenção.

Armas, dinheiro e documentos apreendidos com bando
ARMAS, DINHEIRO, CELULARES E DOCUMENTOS
PRIMEIRA FASE O delegado ressaltou que as prisões foram desdobramentos da primeira fase da operação, ocorrida em 18 de outubro deste ano, quando houve a apreensão do armamento usado pela quadrilha, num total de quatro revólveres calibre .38, além da apreensão de joias roubadas e a prisão em flagrante de Francisco Cleyton, de apelido "Cleytinho", e Diego Gomes Sabino. Em razão das prisões, os dois foram autuados, na ocasião, por porte ilegal das armas de fogo, pagaram fiança, cada um no valor de mais de R$ 9 mil e foram liberados. “Entretanto, as investigações prosseguiram e foi possível juntar mais provas indicando os demais membros do bando. Assim, o Poder Judiciário da Comarca de Redenção, após analisar todas as provas produzidas na investigação, em harmonia com o parecer favorável do Ministério Público, decretou as prisões preventivas dos cinco acusados”, explica o delegado Lúcio Flávio.

Ainda, frisa o policial civil, a investigação policial obteve sucesso porque foi uma soma de várias esforços visando sanar os crimes cometidos pelo bando em Redenção. “É importante reconhecer a participação do Ministério Público local, que a todo tempo esteve presente e acompanhou a investigação, bem como do Poder Judiciário que se mostrou sensível e preocupado em garantir a ordem pública na cidade", salientou. Os presos foram encaminhados para o presídio de Redenção, onde permanecem recolhidos à disposição do Poder Judiciário. O inquérito policial está sob a presidência da delegada Gláucia Cristo, de Redenção. Os acusados deverão responder pelos crimes de roubo qualificado pelo concurso de pessoas e uso de arma de fogo, formação de quadrilha, furto mediante fraude, dentre outros crimes. A operação policial teve coordenação do Núcleo de Inteligência Policial e atendeu diretrizes da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social e da Delegacia-Geral da Polícia Civil.

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