POLÍCIA CIVIL CONCLUI INQUÉRITO SOBRE TRÁFICO DE PESSOAS

“Trabalhosa, mas o resultado foi muito bom”, disse o delegado Lindoval Borges, titular da Delegacia de Vitória do Xingu, sobre a investigação que desarticulou o esquema de tráfico de pessoas para exploração sexual na região. Responsável pelo inquérito policial, o policial civil entregou os relatórios finais do processo, por volta de 13h30, no Fórum Criminal de Altamira, que responde pela comarca de Vitória do Xingu. O inquérito foi concluído com mais de 160 laudas, com depoimentos, documentos, perícias, entre outros elementos de comprovação do crime. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas. Quatro delas estão presas – os donos da boate “Xingu”, Adão Rodrigues e Solide Fátima Triques; o gerente da boate, Carlos Fabrício Pinheiro, e o garçom do local, Adriano Cansan. 

Foto: TRÁFICO DE PESSOAS: Empresário nega exploração sexual em boate

Na manhã de hoje, Adão Rodrigues foi ouvido em depoimento pelos delegados Thalita Feitoza, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Altamira, e Fernando Rocha, do Núcleo de Apoio à Investigação de Castanhal, na Superintendência Regional do Xingu, em Altamira, sob coordenação do delegado Cristiano Marcelo do Nascimento.

O preso admitiu que havia programas sexuais, dentro da boate, mas negou que as jovens eram submetidas a cárcere privado e maus-tratos, conforme denunciado por uma adolescente de 16 anos, que fugiu do local e denunciado os crimes ao Conselho Tutelar de Altamira e à Polícia Civil. 

Segundo o acusado, havia uma pessoa específica, no sul do país, responsável em aliciar as mulheres, na região, para a prostituição. Ele afirmou ainda que desconhecia a existência de uma adolescente na boate. O acusado alegou que a garota havia se identificado como maior de idade. Depois de prestar o depoimento, Adão Rodrigues foi levado para perícia de corpo de delito, em Altamira, e depois, junto com Solide Triques, transferido para a capital.
PRESOS
Outras duas pessoas estão foragidas, com as identidades e paradeiros preservados. Os indiciados vão responder, no Código Penal Brasileiro, nos artigos 231-A, por tráfico de pessoas para exploração sexual; 218-B, por submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual pessoa menor de 18 anos; 228, por induzir ou atrair alguém à prostituição; 229 por manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, visando lucro, ou por mediação direta do proprietário ou gerente, e 230, por tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem exerça a prática ilegal. 

Conforme o delegado Cristiano Nascimento, titular da Superintendência da Polícia Civil na Região do Xingu, no total, 18 pessoas, entre mulheres e uma travesti, foram resgatadas da boate “Xingu”. A maioria delas é natural de Estados do Sul do Brasil. Delas, 11 já retornaram aos Estados de origem, inclusive, a adolescente, com apoio do Governo do Estado. As demais preferiram permanecer em Altamira.

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