POLÍCIA CIVIL CONCLUI INQUÉRITO SOBRE TRÁFICO DE PESSOAS
“Trabalhosa, mas o resultado foi muito bom”, disse o delegado Lindoval Borges, titular da Delegacia de Vitória do Xingu, sobre a investigação que desarticulou o esquema de tráfico de pessoas para exploração sexual na região. Responsável pelo inquérito policial, o policial civil entregou os relatórios finais do processo, por volta de 13h30, no Fórum Criminal de Altamira, que responde pela comarca de Vitória do Xingu. O inquérito foi concluído com mais de 160 laudas, com depoimentos, documentos, perícias, entre outros elementos de comprovação do crime. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas. Quatro delas estão presas – os donos da boate “Xingu”, Adão Rodrigues e Solide Fátima Triques; o gerente da boate, Carlos Fabrício Pinheiro, e o garçom do local, Adriano Cansan.
![]() |
PRESOS |
Outras duas pessoas estão foragidas, com as identidades e paradeiros preservados.
Os indiciados vão responder, no Código Penal Brasileiro, nos artigos 231-A, por tráfico de pessoas para exploração sexual; 218-B, por submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual pessoa menor de 18 anos; 228, por induzir ou atrair alguém à prostituição; 229 por manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, visando lucro, ou por mediação direta do proprietário ou gerente, e 230, por tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem exerça a prática ilegal.
Conforme o delegado Cristiano Nascimento, titular da Superintendência da Polícia Civil na Região do Xingu, no total, 18 pessoas, entre mulheres e uma travesti, foram resgatadas da boate “Xingu”. A maioria delas é natural de Estados do Sul do Brasil. Delas, 11 já retornaram aos Estados de origem, inclusive, a adolescente, com apoio do Governo do Estado. As demais preferiram permanecer em Altamira.
Comentários