A equipe de policiais civis da Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil do Pará, chegou na manhã de hoje ao município de Santa Cruz do Arari, no Marajó, para investigar denúncias de extermínio de cães na cidade. As investigações são comandadas pela delegada Vera Batista que conta com um veterinário na condução da apuração do caso. Eles terão de percorrer os leitos de rio e tentar ouvir relatos de testemunhas da matança. A população de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, denunciou a caça aos animais nas ruas da cidade. Um denunciante atribuiu ao prefeito Marcelo Pamplona (PT) a responsabilidade pelo crime. O gestor municipal deverá ser ouvido em depoimento para que confirme ou não as denúncias. Ele poderá ser indiciado por crime contra o meio-ambiente.
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CÃES AMONTADOS EM BARCO E LEVADOS PARA A MORTE |
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MORADORES LAÇAM CÃES NAS RUAS |
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ANIMAIS SÃO AMARRADOS |
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MUITOS NÃO SOBREVIVEM |
Segundo os moradores, a prefeitura, no último dia 28, teria pago pela caça de cachorros o valor de R$ 5, e pela caça de cadelas, R$ 10. Os animais apreendidos teriam sido mortos e jogados no rio. Ouvido pela imprensa, o prefeito reconheceu que mandou fazer a captura dos cachorros, mas negou que tenha mandado matá-los. Conforme ele, os bichos foram levados para a zona rual do município, já que estariam causando a proliferação de doenças na cidade. Vídeos registraram cachorros sendo laçados por adultos e até crianças para serem levados até canoas, onde foram amontoados no porão da embarcação. Amarrados, os animais aparecem com diversos ferimentos. As imagens mostram ainda vários animais mortos abandonados no rio da cidade.
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