POLÍCIA CIVIL TEM RECONHECIMENTO PELO COMBATE AOS CRIMES HOMOFÓBICOS

A Polícia Civil receberá um prêmio, em reconhecimento aos serviços prestados, pelas Delegacias de Combate a Crimes Discriminatórios e Homofóbicos. Representada pela delegada Aline Boaventura, titular das Delegacias, a honraria será entregue, nesta quinta-feira, 27, às 20h30, no salão Atlântico Sul, do hotel Sagres, em Belém, durante evento promovido pelo Conselho de Profissionais do Pará. A policial civil vai receber o prêmio de Mulher Padrão 2013. Com pós-graduação em Direito Público pela Universidade Potiguar (UNP), a delegada foi escolhida como reconhecimento pelos méritos e pela capacidade profissional. Aline Boaventura já atua no serviço público há 18 anos. Ela trabalhou por 15 anos no Poder Judiciário do Pará, como auxiliar judiciária e assessora de desembargadores. Também atuou, por 10 anos, nas Corregedorias da Capital e do Interior do Tribunal de Justiça do Estado. 

DELEGADA ALINE BOAVENTURA

Com três anos de carreira policial, a delegada já passou pelas Delegacias de Ourém, Delegacia da Mulher de Castanhal, Delegacia de Terra Alta, Seccional de Santa Izabel do Pará, Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA) do Programa Pro Paz, sediada no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e, atualmente, Delegacias de Combate a Crimes Discriminatórios (DCCD) e de Combate a Crimes Homofóbicos (DCCH). Ela conta que escolheu ingressar na Polícia Civil para trabalhar mais próxima à comunidade. Então, ressalta, surgiu a oportunidade de fazer o concurso público para delegada da Polícia Civil. 

A delegada conta que, ao chegar à Academia da Polícia Civil, para fazer o curso preparatório para o cargo de delegada, percebeu que a instituição policial não atuava apenas com repressão, mas também com prevenção. “Ao passar a exercer a função, identifiquei-me com a profissão. Tenho ciência de que ser policial é uma atividade complexa. Quem pretende ser policial tem de ter certeza de que tem aptidão”, aconselha. Em menos de um ano, a Delegacia de Combate a Crimes Homofóbicos já foi responsável pela realização de eventos inéditos na história da Polícia Civil do Pará. Foi assim com o Curso de Capacitação aos Policiais Civis sobre como atender de forma humanizada a população LGBT. 

Ela destaca a participação no 3º Congresso Nacional de Direitos Homoafetivos, em Vitória (ES), onde teve destaque em ser a única delegada de Polícia de crimes homofóbicos presente no evento. “Fui convidada para palestrar no encerramento do seminário de pessoas em situação de vulnerabilidade de gênero, étnico-social e sexual, para uma turma de novos policiais civis recém ingressos na Academia de Polícia daquele Estado”, explica. Sobre o prêmio, a delegada afirma estar lisonjeada. “Agradeço a Deus, por proteger minha vida, e aos meus familiares por sempre me darem apoio”, ressalta. Ela destaca que o trabalho na Polícia Civil não é possível se não tiver uma equipe disposta e afirma que sempre buscou atuar voltada em prol das vítimas, visando aplicar as regras dos direitos humanos, acolhendo da melhor forma, dando atendimento diferenciado e buscando apoio junto ao atendimento social.