POLÍCIA FEDERAL PRENDE CONDENADO PELA MORTE DO PROFESSOR HÉLIO NORMAN

Um dos envolvidos em um dos crimes de maior repercussão da crônica policial paraense foi preso agora pela manhã, em Belém, por agentes da Polícia Federal do Pará. O comerciante Joseli Menezes de Lima, condenado há 18 anos de prisão por participação no assassinato do professor Hélio Norman de Azevedo da Silva foi preso no Aeroporto Internacional Júlio César Ribeiro, em Val-de-Cães, na capital. Ele estava na condição de foragido da Justiça do Pará. O crime aconteceu em 28 de janeiro de 1997, em frente ao curso preparatório para vestibular, que era de propriedade da vítima e que ficava na época no bairro de Batista campos, área nobre de Belém. Joseli já foi conduzido para uma penitenciária para permanecer recolhido à disposição da Justiça do Estado. O crime foi motivado por vingança. Na época, o curso era um dos mais promissores e mais procurados pelos estudantes para preparação ao vestibular.

Condenado por  morte do professor Norman é preso  (Foto: Amaury Silveira/RBATV)
JOSELI DE LIMA
No total, seis pessoas foram pronunciadas pela Justiça por envolvimento no crime. Apontado como intermediário na contratação dos executores do professor, Joseli de Lima foi condenado pela Justiça do Pará, em 12 de agosto de 2008, quando recebeu a pena de 18 anos de reclusão em julgamento no Tribunal do Júri, em Belém. Ele teve concedido direito de apelar em liberdade pelo juiz Edmar Silva Pereira, que presidiu a sessão. Porém, teve o mandado de prisão decretado e passou à condição de foragido.

Os outros dois condenados pela morte do professor Hélio Norman foram o médico Adalberto Batista Rocha, um dos sócios da vítima. Ele foi julgado em 16 de abril de 2004 e condenado a 15 anos e dois meses de reclusão em regime inicialmente fechado, mas teve o direito concedido pela Justiça do Pará de recorrer em liberdade da condenação.

O outro condenado é o médico Arnaldo Félix da Silva Neto, que recebeu a pena de 19 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. Ele teve mandado de prisão decretado pelo juiz Edmar Silva Pereira em decorrência da sentença condenatória transitada em julgado (sem direito a novo recurso). A ordem de prisão foi expedida em 7 de novembro de 2011. O médico foi preso, em Teresina, capital do Piauí, em janeiro de 2012, durante uma ação conjunta de policiais civis do Pará e do Piauí. Ele estava no interior de um colégio, de sua propriedade, na rua Eliseu Martins, bairro Centro, na capital piauiense.

Outros dois indiciados por participação na morte de Hélio Norman foram indiciados pela Polícia Civil no inquérito policial. Joelson Alves de Mesquita e Waldeci de Araújo permanecem foragidos. Outras duas pessoas foram citadas no processo. Robson de Oliveira Benito foi impronunciado (retirado do processo por falta de provas) e Carlos Milhomem de Lima foi assassinado no Maranhão e assim teve extinta a punibilidade em razão de sua morte.

ARNALDO FÉLIX: CONDENADO
MOTIVAÇÃO DO CRIME Hélio Norman era professor de Física e sócio do médico Adalberto Batista Rocha, porém resolveu romper a sociedade após seu irmão ter sido acusado por Adalberto, sócio de Norman, de ter desviado dinheiro do curso pré-vestibular. Ainda, conforme as investigações realizadas na época, Arnaldo Félix e Adalberto Rocha planejaram a morte do ex-sócio. 

Apontado como intermediário nas contratações dos pistoleiros, Joseli Menezes de Lima era cunhado de Arnaldo Félix e teria sido responsável em alugar uma casa para alojar os pistoleiros. Arnaldo Félix foi apontado como o avalista do aluguel do imóvel. Joseli também foi quem alugou um veículo usado para transportar os pistoleiros até o local do crime e depois para a fuga. Hélio Norman de Azevedo da Silva foi morto a tiros em frente à instituição de ensino, no bairro de Batista Campos, centro de Belém, em 1997.  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

8 DE MARÇO: O DIA EM QUE A EURODANCE PERDEU UM DE SEUS GRANDES ARTISTAS

PROCURADO POR USO DE NOTAS FALSAS

HISTÓRIA MUSICAL - 3 DE FEVEREIRO E "O DIA EM QUE A MÚSICA MORREU"