POLÍCIA CIVIL APREENDEU 12 ARMAS DE FOGO NA OPERAÇÃO "EFEITO DOMINÓ"
A Polícia Civil divulgou, neste sábado, 7, que apreendeu 12 armas de fogo durante a operação "Efeito Dominó", realizada no dia de ontem. Na operação, mais de R$ 2 milhões arrecadados no esquema criminoso foram apreendidos em decorrência do cumprimento das ordens judicias de prisão. O armamento passou por perícia e permanecerá apreendido. Ao todo, 70 pessoas foram presas, 37 delas nos Estados do Pará, Bahia e Rio de Janeiro, por conta das ordens judiciais de prisão. Outras 33 pessoas foram presas em flagrante no Pará. Duas dessas pessoas presas, na operação, foram transferidas, neste sábado, 7, para o Sistema Penitenciário do Pará. Arivaldo dos Santos Cerqueira e Adilson Passos Júnior foram presos ontem, em Salvador, na Bahia, durante a operação.
ARMAS APREENDIDAS |
Os dois são apontados como envolvidos em organizações criminosas que exploram a contravenção penal do jogo do bicho em nível nacional, a partir da qual cometem diversas fraudes. Eles são envolvidos em uma empresa de créditos para telefones celulares, que utilizaria equipamentos eletrônicos, semelhantes a máquinas de cartões de crédito, para efetuar as apostas do jogo do bicho, por meio automático, em casas de aposta.
Entre os presos ontem, também durante a operação, em Belém, está Luiz Drummond, filho do conhecido bicheiro do Rio de Janeiro, Luizinho Drummond, presidente da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense do Rio de Janeiro.
Mais de 300 policiais civis, da capital e interior do Estado, e policiais militares, participaram da operação. Todos os materiais apreendidos - como talonários de apostas, documentos de contabilidade, cadernos de anotações, placas de divulgação de resultados de jogo de bicho, equipamentos de informática, máquinas de caça-níquel, diversas armas de fogo, entre outros objetos - foram levados para a Delegacia-Geral para conferência e depois recolhidos para ficar apreendidos à disposição da Justiça.
Entre as quantias em dinheiro, grande volume de moedas foi apreendido e enviado para conferência em instituições bancárias. Todas as pessoas presas foram apresentadas na sede da Polícia Civil, onde fora ouvidas em depoimento e depois recolhidas no Sistema Penitenciário do Pará.
OPERAÇÃO POLICIAL |
As investigações mostraram que o esquema criminoso arrecadava por dia em torno de R$ 1 milhão. “Com o pagamento dos prêmios, o lucro líquido deles ficava entre R$ 100 a R$ 200 mil por dia”, informou o promotor Milton Menezes.
Outros materiais encontrados, como celulares, discos rígidos de computadores, comprovantes de movimentação e nomes de pessoas envolvidas na atividade também foram coletados. “Todo esse material foi recolhido e levado para a Delegacia-Geral. Alguns também foram levados para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Ao mesmo tempo, nós já vamos incluí-los no inquérito policial”, explicou o delegado Ricardo Caçapietra, que comandou as equipes policiais.
Em outro estabelecimento, de médio porte, na rua Veiga Cabral, onde funcionava a sede da banca Bonanza, a equipe policial recolheu uma grade quantidade de apólices em branco. “Apesar do local estar vazio quando chegamos, a quantidade desses boletos comprovam que eles tinham uma atuação significativa na cidade”, observou o delegado Marcos Mileo, responsável pela busca.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, os bicheiros do Pará, assim como acontece na Bahia e no Rio de Janeiro, usufruíam de um sofisticado sistema, que além das apostas, permitia a venda de recargas de celular. “Essa tecnologia das máquinas é fornecida por empresas baianas, que possibilitam a aposta e a venda”, detalha. Algumas das empresas investigadas teriam ligação com o modus operandi do bicheiro Carlinhos Cachoeira e também foram alvo da operação “Dedo de Deus”, conduzida pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro no ano de 2011 e da operação “Aposta”, conduzida pela Polícia Federal no ano de 2007.
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