POLÍCIA CIVIL CUMPRE MANDADOS JUDICIAIS EM ABAETETUBA E BELÉM DURANTE OPERAÇÃO "FORTE DE MIRITI"

A Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira (3), 14 mandados de busca e apreensão e oito de condução coercitiva, em Abaetetuba e em Belém, durante a operação policial denominada "Forte de Miriti". Foi a primeira ação policial coordenada pela Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas, nova unidade policial vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado especializada em investigar práticas de corrupção relacionadas a desvios de verbas públicas. A operação foi resultado de investigação iniciada no ano passado para apurar desvio de recursos públicos relacionados à Previdência Social descontados em folha salarial de servidores públicos de Abaetetuba e que não foram repassados ao órgão previdenciário.


Os resultados foram apresentados, durante entrevista coletiva, na sede da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), em Belém, pelo delegado-geral Rilmar Firmino; pelo diretor de Polícia Especializada, delegado Silvio Maués; e pelos delegados André Costa, diretor da DRCO, e Carlos Eduardo Vieira, diretor da Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas, responsáveis pela operação policial. As buscas e apreensões foram iniciadas durante a madrugada, ao mesmo tempo, em Abaetetuba e Belém. As equipes policiais estiveram na sede do Instituto de Previdência do Município de Abaetetuba (IPMA), nas sedes da Secretaria Municipal de Administração, de Finanças e na Prefeitura Municipal da cidade.


As buscas também foram realizadas em casas de servidores públicos de Abaetetuba, localizadas nesse município e uma localizada em Belém. O inquérito policial foi instaurado pelo delegado Carlos Vieira, no ano passado, após recebimento de relatórios do Ministério da Previdência Social, em 2013, que apontaram possível crime de apropriação indébita de valores referentes a descontos em folha salarial de servidores da Prefeitura de Abaetetuba e da Câmara de Vereadores do município não repassados ao órgão previdenciário. Conforme o delegado, a auditoria no Ministério da Previdência Social feita mostrou que o possível desvio seria de cerca de R$ 12 milhões de servidores municipais e de R$ 40 mil de funcionários da Câmara Municipal, no período de 2008 a 2012.

O relatório foi enviado inicialmente ao Ministério Público Federal, que o encaminhou ao Ministério Público Estadual que, por sua vez, repassou à Polícia Civil para instauração de inquérito. Durante as investigações, os servidores públicos responsáveis pela movimentação financeira da Prefeitura e da Câmara Municipal foram identificados. Entre eles está um vereador. Durante os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão foram apreendidos documentos, equipamentos de informática , entre outros objetos que foram levados para a sede da DRCO para serem analisados. Os depoimentos foram realizados na sede da Superintendência da Polícia Civil em Abaetetuba. Após o final das oitivas, todos foram liberados.


O delegado André Costa esclarecer que as pessoas ouvidas não são suspeitas de envolvimento no crime, mas sim foram ouvidas na condição de testemunhas. A operação contou com 50 policiais civis de Delegacias vinculadas à Diretoria de Polícia Especializada (DPE), e ainda da Superintendência da Região do Baixo Tocantins, em Abaetetuba, e do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Abaetetuba. Essa foi a primeira etapa da operação, frisa o delegado Carlos Vieira. Na próxima etapa, novas medidas cautelares serão solicitadas à Justiça para dar continuidade ao inquérito policial.

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