HOMICÍDIO É DESVENDADO PELA POLÍCIA CIVIL NO MUNICÍPIO DE MARABÁ
O delegado Alberto Teixeira, superintendente regional do Sudeste Paraense, determinou, entre as ações de combate aos crimes na região, a prioridade nas investigações de casos de homicídios. Os resultados já podem ser vistos. Um deles se materializou com a prisão de Wallaci Barroso de Oliveira, acusado de matar a tiros, em Marabá, no último dia 16, um homem identificado como Everaldo. O crime teria sido motivado por uma ato de vingança por parte do acusado. A prisão é resultado do levantamento de homicídios registrados nos últimos finais de semana. Durante as investigações do caso, o matador de Everaldo, que foi morto na Velha Marabá, estava escondido em uma casa na rua Quinze de Novembro.
WALLACI OLIVEIRA |
Na chegada ao local, a equipe de investigadores da Superintendência Regional fez um cerco na residência e localizou, dentro do imóvel, o acusado. Wallaci, que estava no quarto, abriu uma gaveta e armou-se com um revólver, ao ver os policiais civis. Mas, ele acabou se rendendo e entregou a arma aos policiais. O revólver foi o mesmo utilizado no homicídio. Ouvido em depoimento, ele confessou a autoria do crime. Wallaci alegou ter morto Everaldo porque a vítima teria assassinado um parente do acusado. Ainda, em depoimento, o acusado contou aos policiais que morava em Brasília e veio para Marabá há cerca de uma semana. Três dias após chegar ao município, Everaldo, que residia no bairro Cabelo Seco, e seria assaltante e traficante de drogas, juntou-se com comparsas e passou a ameaçar de morte moradores da rua e impedir a passagem de pessoas no local.
O motivo seria que as pessoas estariam dificultando a venda de drogas na rua. Na madrugada do último dia 15, Everaldo e comparsas dele teriam invadido a casa da família de Wallaci. Na ocasião, estavam no imóvel o acusado, a mãe, irmãos e padrasto dele. Segundo versão do acusado, ao ver que seria morto, ele teria corrido para os fundos da casa e pulado o rio situado por trás do imóvel. No entanto, ainda conforme Wallaci, ao chegar ao rio, havia comparsas de Everaldo no local, os quais teria passado a atirar em direção do indiciado. Assim, ele conta ter nadado até o outro lado do rio e ali ter se escondido. Na ocasião, afirma o acusado, estava desarmado. Depois, já em casa, ele conta ter reencontrado os familiares muito abalados.
O acusado conta ainda que foi até um baú, de propriedade de seu avô, que, por ser pescador, mantinha no local uma arma de fogo municiada. No dia 16, às 18 horas, o acusado relata que, armado, foi até um açougue, na Velha Marabá, e no caminho se encontrou com Everaldo. Este, segundo versão do acusado, teria levantado a camisa e dito ao indiciado: “Agora vem”. Depois, teria partido em direção a Wallaci e tentado puxar a arma da cintura dele. Mas o acusado sacou a arma antes e atirou três vezes contra Everaldo, que morreu no local. Depois do crime, já refugiado em casa, o acusado conta que o pai de Everaldo teria ido ao local com comparsas e feito disparos em direção ao imóvel, mas não atingiram o indiciado. Os fatos narrados pelo acusado são alvo de investigações até para verificar o envolvimento dele ou não em outros crimes.
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