Chegaram no início da noite do último dia 22, à sede da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), em Belém, mais cinco presos acusados de integrar a quadrilha responsável pelo desvio de R$ 2 milhões de precatórios depositados em contas do Banco do Brasil em Pernambuco. Quatro deles - Glauciane Ferreira da Silva; Marta Íris Ribeiro de Souza; Marcleison Brandão de Oliveira e Marivaldo de Moraes e Silva - foram presos em Novo Repartimento e outro acusado - Bethoven dos Santos – foi localizado em Marabá, no sudeste do Pará.


Outros três presos em Novo Repartimento - Etelvina Carvalho da Silva, Dogival Francisco da Silva e Antônia Lemos Braga de Moraes – foram transferidos no começo da tarde à capital paraense. O outro acusado de participar do esquema é o vice-prefeito do município, Roberto Aparecido de Passos, preso em um hotel no bairro de São Brás, em Belém. Junto com os presos transferidos à noite, os policiais civis trouxeram quatro caminonhetes e uma moto apreendidos. Apenas um dos acusados, preso em São Luiz do Maranhão, Diogo Costa Carvalho, deverá ser transferido ao Pará até a próxima semana. Por enquanto, ele aguardará determinação juridicial de carta precatória de recambiamento autorizada pela Justiça maranhense. Na casa de Etelvina, empresária em Novo Repartimento, foram apreendidos oito telefones celulares; uma câmera digital; um notebook; vários telões de LED; um televisor; um microondas; um equipamento de ginástica, e cerca de R$ 7 mil em dinheiro, além de documentos diversos. Dona de uma loja de nome "Agroterra", ela é acusada de movimentar R$ 4 milhões por ano no esquema fraudulento em que usava a empresa como "fachada". Na casa do preso Bethoven, um carro modelo Honda Civic novo foi apreendido.

Estiveram na operação os delegados Ivanildo Santos, Beatriz Silveira, Hennison Jacob, Marco Antônio Duarte, Vera Batista e Felipe Schmidt, da DRCO. Titular da DRCO, o delegado Ivanildo salientou que o patrimônio apresentado pelos acusados é incompatível com a renda salarial deles. Ainda, conforme o policial civil, Diogo Carvalho é considerado um dos chefes do esquema criminoso e responsável pela intermediação do golpe. Ele ressalta que o golpe foi possível, pois muitas pessoas que conquistaram o direito de receber precatória, via ações judiciais indenizatórias – não foram verificar em suas contas o depósito das quantias correspondentes. De posse dos nomes delas, membros da quadrilha fabricaram procurações em nome dessas pessoas e, com apoio da gerente do BB de Novo Repartimento, Antônia de Moraes, conseguiram fazer os saques após as quantias serem desviadas para outras contas. Todos permanecerão presos à disposição da Justiça.
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