POLÍCIA CIVIL MONTA FORÇA-TAREFA PARA INVESTIGAR CRIME EM MOTEL
“Montamos uma força tarefa para este caso. As investigações iniciaram no momento em que o crime foi descoberto e não foram interrompidas desde então”, afirmou o delegado Luis Xavier, presidente do inquérito que investiga o assassinato do vigilante Joelson Ramos de Souza, 32 anos. O crime ocorreu no final da noite do último domingo, mas descoberto apenas nas primeiras horas da manhã da última segunda-feira.
DELEGADOS BOSCO E XAVIER |
Até hoje, 25 pessoas já foram ouvidas no inquérito sobre o caso. A informação foi confirmada pelo delegado João Bosco Júnior, diretor de polícia especializada, e pelo delegado Luis Xavier, presidente do inquérito. Os delegados falaram há pouco com a imprensa sobre o caso. A entrevista ocorreu na sede da Divisão de Homicídios, no bairro de São Brás, em Belém. Hoje a tarde o pai da vítima, Jorge Damião, prestou depoimento na Divisão de Homicídios. “O pai da vítima foi ouvido hoje a tarde. Outros depoimentos estão previstos para amanhã”, declarou o delegado João Bosco. Ele, no entanto, preferiu não revelar quais pessoas ainda serão ouvidas pela polícia.
MOTIVO Golpe e crime passional são, no momento, as principais linhas de investigação seguidas pela polícia. Quem afirma é o delegado João Bosco. Segundo ele, há indícios que levam a crer que se trata de um crime passional. “Contudo, não podemos descartar nenhuma possibilidade. Golpe é uma das linhas de investigação”, declarou. O diretor de polícia especializada reiterou que a Polícia Civil não divulgou a identidade da suspeita, tampouco fotos que seriam da mulher retratada através do retrato falado, confeccionado pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). O delegado João Bosco aproveitou a oportunidade para pedir cautela no momento da divulgação das informações. “Temos obrigação de formatar provas. No momento que for comprovada alguma informação ela será divulgada”, garantiu.
As buscas aos responsáveis pelo assassinato ocorrem em todo o Pará e também em alguns estados vizinhos. “A Polícia Civil do Pará firmou parceria com a polícia de estados vizinhos na busca pelos suspeitos”, afirmou o delegado João Bosco. Segundo ele, não é possível garantir que os suspeitos ainda estejam no Pará. Esta possibilidade, porém, não esta descartada.
CASO O crime ocorreu no final da noite do domingo, 10 de julho, em um quarto de motel localizado na Região Metropolitana de Belém. A vítima teve a cabeça e os dedos das mãos cortados para dificultar a identificação. Dois taxistas, que teriam transportado a suspeita e um outro homem, assim como o moto-taxista que transportou a vítima até o local do crime prestaram depoimento à polícia e ajudaram nas investigações. Ontem, uma equipe do Centro de Perícias Técnicas Renato Chaves e da Polícia Civil estiveram em um imóvel, em Santa Izabel, onde o casal suspeito de ser o responsável pelo crime teria passado.
O imóvel, porém, estava desocupado. Segundo vizinhos, a mulher morou no quarto durante cerca de quatro meses. A Polícia Civil chegou até o endereço através de uma denúncia anônima. “Ferramenta fundamental na elucidação de vários crimes”, definiu o delegado João Bosco. Ele espera que a população continue utilizando o serviço do Disque-denúncia (181) e colabore com as investigações. “O nosso objetivo é o mesmo da comunidade: identificar e capturar os responsáveis pelo crime”, concluiu.
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