DELEGADO OUVE DEPOIMENTO DE CARRETEIRO ENVOLVIDO EM ACIDENTE

O delegado Luiz Roberto Nicácio, que preside o inquérito sobre o acidente na Estrada da Alça Viária em Acará, nordeste do Estado, ouviu nesta sexta-feira, 27, pela manhã, em Belém, o condutor da carreta envolvida no desastre ocorrido na última terça-feira. Carlos Otávio Tavares da Silva apontou o condutor do micro-ônibus como responsável pelo acidente. Ao todo, nove pessoas morreram e 15 ficaram feridas. Ao delegado, o carreteiro relatou que seguia em direção ao distrito de Icoaraci, em Belém, onde iria desembarcar sete bobinas de cabos metálicos que seriam transportados até uma indústria em Barcarena. Ele relatou que, momentos antes da colisão, viu o micro-ônibus fazendo ultrapassagens na estrada. Ao se aproximar do veículo de transporte de passageiros, afirma Carlos Otávio, o condutor do micro-ônibus novamente teria feito uma ultrapassagem. 

Foi então que ele perdeu o controle do veículo que derrapou na pista, ficando com a frente voltada para mão contrária da rodovia. A carreta bateu na lateral direita do micro-ônibus. Com o impacto, as bobinas transportadas na carreta se desprenderam e caíram sobre o veículo de transporte de passageiros. Cada bobina pesa 3,7 toneladas. A carreta, segundo explica Otávio, é de propriedade da empresa de transporte de cargas Maquioro, que tem sede no Conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua, na grande Belém. O veículo, conforme apurou o delegado, não é adequado para transporte desse tipo de carga e sim de contêineres. O delegado disse que ainda não foi possível ouvir os relatos de sobreviventes do acidente que estavam no micro-ônibus e que ainda estão no Hospital Metropolitano, pois as pessoas ainda estavam debilitadas. 

PERÍCIAS Ontem de manhã, peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves fizeram a perícia nos dois veículos que estão apreendidos no Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária Estadual, na Alça Viária. Eles também foram ao ponto do acidente para uma nova análise no local. “Será fundamental a perícia no tacógrafo do micro-ônibus para apontar a que velocidade trafegava o veículo”, detalha Nicácio. O delegado ainda aguarda os laudos das perícias de necropsia, e de dosagem alcoólica e toxicológica feitas no motorista do micro-ônibus. Em depoimento prestado no dia do acidente, o motorista do micro-ônibus, Carlos Alberto Loureiro da Silva, apresentou outra versão para o acidente. Ele alegou que teria sido ultrapassado por um carro e, ao reduzir a velocidade para permitir a ultrapassagem, acabou perdendo o controle do veículo, pois chovia forte e a pista estava escorregadia. O inquérito tem prazo de até 30 dias para conclusão.

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