SUDESTE DO PARÁ NÃO REGISTRA MORTES NO CAMPO EM 2012

A região sudeste do Pará não registrou qualquer caso de homicídio motivado por conflito agrário, em 2012. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira, 7, durante reunião, na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, em Belém. Presidido pelo secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, e pelo delegado-geral da Polícia Civil, Nilton Atayde, o encontro tratou dos conflitos agrários e a violência no campo no Estado. Estiveram presentes o ouvidor agrário nacional, José Gercino Filho, e Ailson Silveira Machado, coordenador de Mediação de Conflitos Agrários da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Também participaram do encontro representantes das Polícias Civil e Militar; Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”; Corpo de Bombeiros Militar; Incra de Marabá; Ouvidoria Agrária do Tribunal de Justiça do Pará; Defensoria Pública Agrária do Pará; Ministério Público do Estado; Procuradoria Geral do Estado (PGE); Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Marabá, e integrantes da empresa Terra Norte, administradora da fazenda Santa Marta, em Mojú. 

Ouvidor José Gercino (E) com delegado-geral
REUNIÃO NA SEGUP
Ouvidor José Gercino (E) com delegado-geral Um dos assuntos enfatizados no encontro foi a proteção de defensores de direitos humanos ameaçados no Pará. A Segup garantiu que irá verificar pedidos de proteção de defensores de direitos humanos dentro do Programa de Proteção a Testemunhas no Pará, que é resultado de um convênio entre o Governo Federal e que está em fase de encerramento de convênio. Na reunião, foi tratada a possível renovação do convênio referente ao Programa de Proteção a Testemunhas, da Presidência da República. O secretário garantiu que, independente da renovação ou não do convênio com o Governo Federal para proteção de defensores de direitos humanos, o Governo do Pará não irá suspender qualquer proteção a pessoas no Estado. Fernandes orientou aos representantes de movimentos sociais para que sempre haja o registro formal da denúncia de ameaça para que as providências legais sejam tomadas pelas Delegacias de Conflitos Agrários. 

José Gercino Filho garantiu que irá oficiar a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República para que agilize agendamento de reunião com a Segup e a Sejudh (Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos) para tratar da possibilidade de renovação do convênio para proteção aos defensores de Direitos Humanos. Durante a reunião foram apresentados dados sobre a atuação das três Delegacias de Conflitos Agrários (Decas) – que atuam no Nordeste do Pará, em Marabá e em Redenção – sobre as ameaças de defensores de direitos humanos. Os diretores das duas Decas – Victor Leal, da Deca de Marabá, e Marcelo Dias, da Deca de Redenção – participaram da reunião. 

O diretor de Polícia do Interior da Polícia Civil, delegado Sílvio Maués, apresentou um relatórios das atividades e das áreas de atuação das Decas no interior do Pará. “Atualmente, a atuação das Decas se pauta na mediação de conflitos para antecipar e prevenir ocorrências de crimes agrários. Para tanto, as Delegacias contam com as parcerias de outros órgãos, como a Polícia Militar, a Ouvidoria Agrária do Incra, a Ouvidoria Agrária Nacional, o Tribunal de Justiça do Estado e o Ministério Público Estadual”, detalhou. Ele explica que os casos de crimes ocorridos tem como pano de fundo uma nova característica: as disputas internas entre membros dos acampamentos. 

Pará não registra mortes por conflitos agrários na região sudeste em 2012
CONFLITOS AGRÁRIOS SÃO TEMA DE REUNIÃO
Com relação aos tipos de crimes mais registrados pelas Decas está em primeiro lugar o crime de ameaça, seguido de casos de homicídios, esbulho possessório, porte e posse ilegal de arma de fogo. “Nossa meta é fechar o ano sem qualquer registro de morte no campo ”, enfatizou Maués. O secretário Luiz Fernandes ressaltou os investimentos realizados na Segurança Pública pelo Governo do Estado para combate aos conflitos agrários e violência no campo. Entre as medidas estão a criação da Unidades Integradas de Polícia no interior do Estado, com as presenças das Polícias Civil e Militar em um mesmo local; a realização de concursos públicos para as Polícias Civil e Militar para aumentar o efetivo de policiais e a aquisição de aeronaves para o combate aos crimes no campo. Além disso, já há o projeto de criação de uma nova Delegacia de Conflitos Agrários, sediada em Altamira, para atender a região.

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