DELEGADO OUVE DEPOIMENTO DE MÃE DO BEBÊ ACHADO DENTRO DE BOLSA

O delegado Heitor Pinto ouviu, nesta sexta-feira, 28, o depoimento da dona de casa Bianca dos Santos Costa, de 32 anos, na Delegacia de Santa Bárbara do Pará, na Região Metropolitana de Belém. O corpo de uma menina recém-nascida foi encontrado dentro da bolsa dela, quando a mulher foi atendida, na madrugada de ontem (27), na Unidade de Saúde Hospitalar do município, após ser socorrida em casa em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por volta das 4 horas, apresentando um forte sangramento e em estado de desorientação. Sua bolsa foi levada para a unidade sem que sua acompanhante notasse o corpo de um recém-nascido em seu interior. O médico que atendeu Bianca percebeu quando a examinou que o sangramento era resultado de um possível aborto. Diante da gravidade, foi solicitada a transferência da moça para o Hospital Anita Gerosa, em Ananindeua, onde ela foi atendida e depois recebeu alta médica. 

Bebê é encontrado morto dentro da bolsa da mãe  (Foto: Antonio Melo)
LOCAL ONDE O CORPO DO BEBÊ FOI ACHADO
Ao delegado, Bianca confirmou que é mãe do bebê encontrado em sua bolsa, mas negou que ter morto a criança. Ela declarou que estava grávida de nove meses e que mora sozinha, na região conhecida como Furo da Marinha, área ribeirnha na zona rural de Santa Bárbara do Pará, com cinco filhos menores de idade. Segundo ela, o pai da criança não sabia de sua gravidez, a qual, afirma ter levado adiante sozinha sem  ter procurado fazer pré-natal nem qualquer orientação médica. A mulher conta que, ao sentir as contrações do parto em casa, foi até o quarto e ali teve a criança, que, segundo ela, nasceu morta. Com a morte do bebê, Bianca afirma ter colocado o corpo na bolsa e disse que iria apresentá-lo no hospital. 

Mas, como sentiu-se mal em casa, com sangramento decorrente do parto mal sucedido, acabou sendo socorrida por moradores da vizinhança, que acionaram a equipe de pronto-socorro que a conduziu até o hospital, na sede do município. O delegado encaminhou a mãe para exames no Centro de Perícias Científicas e disse que vai até a casa dela, no Furo da Marinha, para conversar com uma filha de 13 anos da mulher. Heitor Pinto disse que vai aguardar o resultado do laudo pericial para saber se indicia a mulher por homicídio culposo.  

Segundo informações do site DOL, o corpo do bebê foi encontrado na bolsa de Bianca no momento em que seria feita a ficha da paciente para a transferência. "A amiga que acompanhava Bianca, ao procurar documentos na bolsa dela, levou um susto. Ela só viu um monte de roupa suja e quase desmaia. Gritou que tinha um bebê na bolsa. E quando fomos ver, ele estava lá, morto e ainda com o cordão umbilical”, conta a enfermeira que ajudou no atendimento. Segundo a diretora da Unidade de Saúde, desse momento em diante, nenhuma delas mexeu mais na bolsa e Bianca foi transferida às pressas. O namorado da moça, que também a acompanhava, disse, segundo a enfermeira, que nunca soube da gravidez e que Bianca lhe dizia ser operada para não ter mais filhos. 

A polícia e o Instituto Médico Legal (IML) foram chamados e a perícia deve constatar o que ocorreu durante o parto. Internada no Hospital Anita Gerosa, Bianca afirmou à polícia ter tido um parto normal em casa e sozinha. Ela contou que a menina nasceu morta, com o cordão umbilical enrolado no pescoço. O médico e enfermeiras que a atenderam em Santa Bárbara acreditam que o bebê já tinha o tempo de gestação completo. E afirmam que a mulher pode ter entrado em estado puerperal – o período pós-parto até a volta do organismo da mãe ao estado normal, quando a mãe pode apresentar depressão e não aceitar a criança. 

Às vezes, em crise, ela pode até matar o bebê, caracterizando assim o crime de infanticídio. Diante da fatalidade, a mulher disse ao investigador Sérgio Galvão ter tido uma crise e que não lembrava mais nada desde o parto. O caso, por enquanto, será investigado pela Delegacia de Santa Barbara. Só as investigações poderão caracterizar se houve infanticídio, aborto ou homicídio. “Nós vamos ter que aguardar o resultado da perícia do IML e ela será ouvida quando sair do hospital. Se for confirmado ter sido provocado um aborto, ou que ela permitiu a terceiros que fizessem, ela pode ser presa”, afirmou o delegado Heitor Pinto, responsável pelo caso. Com informações do site DOL.

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