PRESO ACUSADO DA MORTE DE TRAVESTI NA CAPITAL

Policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) cumpriram, nesta terça-feira, 4, mandado de prisão temporária decretada contra o ex-militar do Exército Brasileiro, Gleyson Charles Araújo Barreiros Colaço, 23 anos, acusado de assassinar o travesti Emerson Moraes Costa, 18 anos, a Raika, crime ocorrido em 27 de outubro deste ano, em Belém. Ele foi preso pela equipe policial em uma academia de ginástica no bairro da Pedreira. Colaço é apontado como responsável de matar a tiros e de torturar a travesti por motivos passionais por já ter mantido um relacionamento amoroso com a vítima, de quem é ex-namorado. As investigações mostraram que ele planejou e executou a morte de Raika por não aceitar o envolvimento amoroso dela com outro homem. O acusado nega autoria do crime. 

PRESO
OBJETOS APREENDIDOS
O preso foi ouvido em depoimento pelo delegado Gilvandro Furtado, diretor da DH. Conforme o delegado, durante as investigações, uma filmagem de câmera de segurança, mostra o acusado junto da vítima saindo do interior de um táxi, em uma rua na capital, no dia do crime, momentos antes de o travesti desaparecer. Já o acusado alega ter o álibi de que estava em um teatro, situado em frente à Estação das Docas, no centro de Belém, no dia do crime, ao lado de um amigo, para assistir ao show de uma banda musical. Ao policial civil, o ex-soldado do Exército de Belém, onde foi lotado no 2º Batalhão de Infantaria de Selva (II BIS), admitiu que chegou a se relacionar afetivamente com a travesti durante três anos. 

Ele conta que conheceu a vítima em 2009, quando ainda trabalhava na instituição militar. Gleyson disse que conheceu Raika em uma boate no bairro do Umarizal, que era frequentada pela travesti. Ele relatou ainda que os dois se encontraram algumas vezes, até a travesti ir embora para São Paulo. Segundo o acusado, em Belém, Raika fazia ponto na rua 28 de Setembro, perto do canal, no bairro do Reduto, e ainda tinha clientes que marcavam encontros por telefone. Ainda, segundo o acusado, no final de 2009, após sair do Exército, ele viajou para São Paulo, sob alegação de procurar emprego. Lá, na capital paulista, o ex-militar disse que reencontrou Raika que, na época, trabalhava para uma cafetina e era ameaçada para pagar o dinheiro referente aos implantes de silicone de seios e nos glúteos pagos pela cafetina a R$ mil cada. 

TRAVESTI MORTA NO LOCAL DO CRIME
Ele contou também que, no final do ano seguinte, os dois retornavam para Belém, onde o travesti passou a morar na casa do acusado, na travessa Pirajá, bairro da Pedreira. Na casa, conforme Gleyson, moravam mais nove pessoas, entre as quais, seus pais, que teriam aceitado a presença de Raika no local. Ainda, de acordo com Colaço, em Belém, a travesti voltou a fazer programas sexuais, deixando insatisfeito o acusado, que queria que Raika passasse a ter um emprego digno. Já no final de 2011, a travesti se envolveu com outro homem, o que levou a "separação" entre a vítima e o acusado. Conforme foi demonstrado nas investigações, o acusado não teria aceito o fim do relacionamento e continuava a procurar o travesti, chegando a se encontrar com ele algumas vezes. 

Gilvandro Furtado explica que, para chegar à conclusão do crime, foi necessário refazer os passos dados pela vítima no dia do crime e ouvir diversos relatos de testemunhas. A vítima era natural da cidade de Mocajuba. Com base nas provas do crime, foi feita a representação pela prisão do acusado, cuja ordem de prisão foi expedida pelo juiz Pedro Sotero, da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares, da Comarca da Capital. O mesmo magistrado decretou mandados de busca domiciliar na casa do acusado, onde foram apreendidos dois computadores, do tipo "notebook"; uma mochila com medicamentos, entre outros objetos que passarão por perícia. Para o delegado, outros pessoas participaram do crime. O acusado ficará recolhido no Sisteme Penitenciário à disposição da Justiça por 30 dias, que podem ser renovados por mais 30, enquanto a equipe da Divisão de Homicídios prosseguirá as investigações para robustecer as provas do crime.

Comentários

Anônimo disse…
Como ficou esse caso ? Ele foi preso ?
Pará de Todos! disse…
Sim, informamos que o autor do crime permanece preso à disposição da Justiça

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