O delegado Antônio Benone, responsável pela investigação da colisão entre dois carros particulares ocorrida, em Nova Timboteua, no trecho da rodovia estadual de acesso ao balneário de Salinópolis, litoral nordeste do Pará, em 28 de dezembro do ano passado, só aguarda os laudos das perícias feitas pela equipe do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves", para concluir o inquérito. No desastre, morreram na hora três pessoas, entre as quais a procuradora geral de Justiça do Pará, promotora de Justiça, Maria da Graça Azevedo da Silva, e uma quarta vítima faleceu depois em um hospital de Belém. Segundo o delegado, que é o titular da Superintendência da Polícia Civil na Região Bragantina, que congrega grande parte das cidades do nordeste do Estado, três testemunhas foram ouvidas em depoimento sobre o acidente.
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MARIA DA GRAÇA: UMA DAS VÍTIMAS |
Apenas uma delas afirma ter visto o desastre. As outras duas apenas alegaram terem ouvido o barulho da colisão e, depois, só viram os carros já acidentados na estrada. O relato prestado pela principal testemunha, funcionário de uma fazenda situada perto do local do acidente, afastou em definitivo o boato de que um motociclista estaria perseguindo o carro dirigido por Maria da Graça momentos antes do acidente e isso poderia ter alguma relação com o fato. A testemunha foi convicta em afirmar que, no momento da colisão, apenas estavam em tráfego no trecho os dois veículos envolvidos no desastre. Ele apontou ainda que um dos veículo fez uma ultrapassagem arriscada e que isso foi determinante para o acidente. O delegado, por medida de precaução das investigações, preferiu ainda não declinar mais detalhes sobre o depoimento da testemunha e outros detalhes do inquérito, até que tenha em mãos os laudos periciais.
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UM DOS VEÍCULOS ENVOLVIDO NO ACIDENTE |
Segundo ele, foram feitas perícias não só no local do acidente, como nos veículos e nos corpos das vítimas fatais, como exames de necropsia (que aponta a causa da morte), de alcoolemia (que aponta se as vítimas haviam consumido bebidas alcoólicas) e toxicológicos (que demonstra se as vítimas estavam sob efeito de drogas). O pedido de realização dos exames, feito pelo delegado, ao Centro de Perícias Científicas, não significa que a Polícia Civil acredite que as vítimas possam estar alcoolizadas ou drogadas no momento do acidente. Os laudos das perícias são elementos obrigatórios em todo inquérito de quaisquer crimes, determinado por lei, pois visam a comprovação material do fato ocorrido e servirão de instrumentos para a instrução do processo criminal na Justiça, à qual caberá dar a sentença do caso. O delegado espera concluir no mais breve tempo possível o inquérito do acidente.
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