MAIS 13 MULHERES SÃO RESGATADAS DE CASA DE PROSTITUIÇÃO
Mais 13 mulheres (FOTO) foram encontradas em outro imóvel, situado às proximidades da boate "Xingu", nesta quinta-feira, 14. Elas eram funcionárias da boate fechada, na noite de ontem, em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará, onde, cinco pessoas - três mulheres, uma travesti e uma adolescente - eram exploradas sexualmente em um esquema de tráfico de pessoas. Das mulheres encontradas pela equipe policial coordenada pelo delegado Lindoval Borges, da Delegacia de Vitória do Xingu, uma é de Redenção, sudeste do Pará; outra é do Estado de Goiás e as demais são de cidades do sul do país, como Chapecó, em Santa Catarina, e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Elas foram encontradas em um barracão, situado na mesma área onde ficava a casa de prostituição.
![]() |
MULHERES RESGATADAS |
Todas foram levadas para a Superintendência Regional do Xingu, em Altamira, para prestar depoimento. Elas alegaram, em princípio, serem funcionárias de um homem conhecido por Adão, que seria o dono da boate.
O suspeito ficou de se apresentar à Polícia Civil, em Altamira, na manhã desta sexta-feira, para prestar depoimento ao delegado Cristiano Nascimento, titular da Superintendência Regional do Xingu. Conforme o delegado, após o flagrante de tráfico de pessoas e de exploração sexual das cinco pessoas oriundas do sul do país, que eram mantidas em cárcere privado e forçadas a fazer programas sexuais na boate, surgiram novas informações de que mais mulheres estariam na área onde ficava a boate, na localidade conhecida como Vila São Francisco, zona rural de Vitória do Xingu.
Os policiais civis, junto com conselheiros tutelares, retornaram à área, onde depois de buscas, encontraram as 13 mulheres, que estavam escondidas no barracão. O inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos. A boate já teve a licença de funcionamento cassada. As investigações prosseguem. Ontem à noite, foram resgatadas do local três mulheres naturais de Santa Catarina com idades de 18, 21 e 23 anos, e uma travesti paranaense de 20 anos, nascida em Pinhão (PR). O procedimento foi lavrado pelo delegado Lindoval Borges, titular do município de Vitória do Xingu, na sede da Polícia Civil em Altamira, responsável pela atuação dos acusados.
Dois homens presos, apontados como gerentes do local, foram enquadrados no Código Penal Brasileiro, nos artigos 231-A, por tráfico de pessoas para exploração sexual; 218-B, por submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual pessoa menor de 18 anos; 228, por induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual; 229 por manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, visando lucro, ou por mediação direta do proprietário ou gerente, e 230, por tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem exerça a prática ilegal. As vítimas, segundo explica o delegado, serão devolvidas aos familiares em seus Estados de origem. Já a casa de prostituição foi desativada.
Comentários