TRANSFERIDO AO PARÁ ACUSADO DE INCÊNDIO CRIMINOSO PRESO NO ESTADO DO ACRE
A Polícia Civil transferiu, ontem, de Cruzeiro do Sul, no Acre, para o Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel do Pará, nordeste paraense, o preso de Justiça Joaquim da Silva Tavares Neto, que teve mandado de prisão decretado pela Justiça por ter sido indiciado em inquérito policial sob acusação dos crimes de incêndio criminoso, roubo qualificado, dano qualificado e corrupção de adolescentes. Com a transferência do preso ao Pará, as investigações do incêndio criminoso cometido dentro da sede do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), em Óbidos, oeste paraense, em agosto do ano passado, estão concluídas, pois Joaquim era o último dos cinco acusados a ficar preso à disposição da Justiça paraense.
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Joaquim Neto estava preso na cidade de Cruzeiro do Sul desde 27 de maio deste ano, quando foi capturado durante operação conjunta das Polícias Civis do Pará, por meio do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Santarém, sob coordenação do delegado Sílvio Birro, e Delegacia de Óbidos, comandada pelo delegado Elinelson Silva, e do Acre, por intermédio do delegado Lindomar Ventura, de Cruzeiro do Sul. A transferência do preso foi realizada, mediante autorização judicial, pela equipe composta pelo delegado Elinelson Silva e do investigador do NAI de Santarém, Marcus Magalhães Rebouças, que foram ao Acre, para fazerem a escolta do preso até Santa Izabel do Pará.
Além dos cinco acusados de envolvimento direto no incêndio criminoso, que teve como alvo uma viatura do órgão regulador do trânsito municipal, a Polícia Civil indiciou no inquérito policial o vereador de Óbidos, Carlos Alberto Soares Guimarães, padrasto de Joaquim Neto, por crime de favorecimento pessoal, pelo fato de ter ajudado o filho a fugir inicialmente para Manaus (AM), e, depois, para Marechal Traumaturgo, no Acre, onde possui familiares. O delegado responsável pelas investigações, Elinelson de Oliveira Silva, informou que tão logo o crime foi noticiado, as investigações foram iniciadas e apontaram a autoria do delito.
Além de Joaquim, foram indiciados nos crimes os comparsas dele, Belmos Vieira da Cruz e Charles do Nascimento Júnior, e dois adolescentes que auxiliaram na prática criminosa.
O crime foi motivado pela intenção dos acusados de se vingarem dos agentes municipais de trânsito que trabalhavam no órgão e que estavam coibindo a prática de direção perigosa, a qual os acusados eram contumazes a praticar nas ruas da cidade de Óbidos.
O delegado Elinelson Silva ingressou junto ao Poder Judiciário pelas prisões preventivas dos adultos e pelas internações provisórias dos adolescentes, e ainda com pedidos de mandados de busca domiciliar nas casas dos envolvidos. Os pedidos de prisão foram acatados pela juíza Tarcila Maria Souza de Campos. Durante as buscas, foram presos Belmos da Cruz e Charles Júnior e os dois adolescentes foram aprendidos. Com eles, veículos e apetrechos utilizados na prática criminosa foram apreendidos. Joaquim Neto, com apoio do vereador Carlos Alberto, conseguiu fugir para fora do Pará. Joaquim da Silva Neto estava recolhido na unidade prisional de Cruzeiro do Sul e agora permanecerá custodiado à disposição da Justiça do Pará.
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