POLÍCIA FEDERAL DO PARÁ DESARTICULA ESQUEMA BILIONÁRIO DO "CARIMBÓ DÁ SORTE" NO PARÁ
Dois gerentes da empresa 'Carimbó da Sorte' foram presos, na manhã desta quarta-feira (12), durante a 'Operação Trevo', da Polícia Federal no Pará. A ação combate crimes financeiros em empresas que trabalham com títulos de capitalização. A operação também acontece em 13 estados do país. De acordo com a Polícia Federal, o prejuízo aos cofres públicos, segundo as investigações, pode alcançar o valor de R$ 1 bilhão em três anos de atuação dessas empresas.
Os presos são Mário Carvalho de Souza Milhomen e Claudio Henrique Albuquerque, ambos pernambucanos, e que atuavam como gerentes do 'Carimbó da Sorte'.
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APREENSÕES |
Segundo as investigações, os dois foram enviados pela matriz da empresa Promobem, situada em Recife, que possui empresas que vendem títulos de capitalização em 13 estados brasileiros. No Pará, a Promobem funciona com o nome fantasia de 'Carimbó da Sorte'. O delegado Uálame Fialho explicou a fraude durante coletiva à imprensa paraense na manhã de hoje. 'Quando o cliente comprava o título, já estava ciente de que o valor que iria resgatar seria doado para uma empresa de preservação do meio ambiente. Só que ele não era doado porque a empresa não existia e o dinheiro não era repassado. Isso já configura o crime', explicou.
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DELEGADO FEDERAL UÁLAME FIALHO |
Assim como em todo título de capitalização, o dinheiro investido deve ser resgatado ou, em alguns casos, doado a instituições de caridade. Diante do crime, a Justiça de Pernambuco mandou suspender a venda dos títulos da empresa Promobem em todo país. O prejuízo causado pela sonegação fiscal foi avaliado em R$ 1 bilhão.
Ainda segundo o delegado outros três mandados de busca e apreensão foram cumpridos como parte da operação no Pará, sendo um deles na sede da empresa 'Carimbó da Sorte', na Avenida Almirante Tamandaré, e os demais na casa dos presos.
Os presos e o material apreendido foram encaminhados à sede da Polícia Federal em Belém. Os dois acusados vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro nacional e contrabando, além de formação de quadrilha.
A empresa Carimbó da Sorte apenas informou que está ciente das investigações.
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