PRESO POR MORTE DE PRESIDENTE DE COOPERATIVA É FORAGIDO DO AMAPÁ
Um dos homens presos, no último dia 10, acusados de envolvimento no latrocínio que vitimou o presidente de uma Cooperativa de Transportes Alternativos, em Ananindeua, na Grande Belém, usava nome falso e era fugitivo do Estado do Amapá. Identificado como Willian Mackense Júnior, o indiciado, na verdade, chama-se Juscelino Pastana Rocha Filho, de 35 anos, natural de Chaves, no Pará. Ele tem mandado de prisão preventiva decretado, em 10 de janeiro deste ano, pelo juiz de Direito Rogério Bueno da Costa Funfas, da Vara de Execução Penal de Macapá (AP), em que determina o recolhimento de Juscelino Filho ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN-AP).
Ele responde a processo criminal no Amapá por roubo qualificado e está foragido do Estado desde o ano passado.
DELEGADA IONE COELHO MOSTRA FOTO DO CRIMINOSO |
Juscelino Filho também foi indiciado no inquérito instaurado no Amapá para apurar o latrocínio (roubo seguido de morte) do velejador neozelandês Peter Blake, em Macapá, no dia 5 de dezembro de 2001, quando a vítima foi morta a tiros durante assalto a seu barco – o veleiro Seamaster.
Juscelino chegou a ser preso, dois dias após o crime, por policiais civis do Amapá, junto com outras seis pessoas, acusadas de envolvimento no latrocínio. Em 17 de dezembro de 2001, Juscelino foi denunciado, com outras duas pessoas, pela Procuradoria da República no Amapá, sob acusação de receptar o produto roubado do veleiro e auxiliar na fuga de um dos criminosos. Juscelino trabalhava como taxista e teria usado o próprio carro para conduzir um dos latrocidas.
Além dele, outras oito pessoas foram denunciadas, na época, das quais seis foram acusadas dos crimes de latrocínio consumado, tentativa de latrocínio e formação de quadrilha. Em 19 de junho de 2002, oito acusados do crime foram condenados pela 2ª Vara Federal do Amapá. Apenas Juscelino Filho foi inocentado.
Segundo a delegada Ione Coelho, diretora da Delegacia de Homicídios, sediada na Superintendência da Polícia Civil da Região Metropolitana, em Ananindeua, o verdadeiro nome do indiciado foi descoberto depois que a policial civil ter recebido um telefonema do Estado do Amapá, de onde uma pessoa informava ter reconhecido o acusado por meio da foto divulgada no site da Polícia Civil do Pará.
JUSCELINO ROCHA FILHO |
"A gente entrou em contato com a Polícia Civil, em Macapá, que nos confirmou a informação", disse a delegada, que recebeu o mandado de prisão da Justiça amapaense e a foto do foragido.
Juscelino Rocha Filho vai responder pelo crime de falsidade ideológica por ter se identificado com nome falso. Ele permanece recolhido no Sistema Penitenciário paraense à disposição da Justiça a quem caberá decidir se ele será transferido ou não ao Estado do Amapá para responder pelo crime ou permanecerá no Pará.
CASO DO PRESIDENTE DA COOPERATIVA Juscelino Rocha Filho foi preso no último dia 10, no bairro do Curuçambá, em Ananindeua, acusado de ter participado de um roubo a uma agência lotérica localizada em um supermercado, no Conjunto Cidade Nova, em Ananindeua. Ele foi preso junto com Lesterson Thiago Favacho de Oliveira também envolvido no assalto. Ambos foram ouvidos em depoimento e confessaram a participação no latrocínio que vitimou Ismael Andrade Favacho, 31 anos, presidente da cooperativa Transuni. O crime ocorreu na noite do último dia 27 de dezembro, no bairro do Coqueiro. Lesterson foi a pessoa que dirigiu o veículo utilizado pelos bandidos no momento do crime - um carro Siena branco - e Juscelino foi o autor dos disparos. No Pará, Juscelino usava o nome falso com o qual se dizia carioca e já respondia a processos pelos crimes de roubo e tráfico de entorpecentes.
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